Jamais aqueles homens de 1911 poderiam imaginar que a simples compra de uma bola de futebol, no comércio de Porto Alegre, pudesse representar a criação de um grande clube de futebol, reconhecido nacional e internacionalmente.
        Conforme contam os mais antigos, operários da firma Vetter & Irmão resolveram fundar um clube para, nas horas de lazer, praticar o futebol, um esporte que ainda não era muito difundido na região. Iniciaram os primeiros contatos com uma bola, que foi trazida pelo Sr. Blauth, por volta de setembro e, pouco depois, fundaram o Esporte Clube 15 de Novembro, com os primeiros jogos sendo disputados num potreiro localizado nos fundos da empresa.








        O dia 17 de novembro de 1912, um ano após a fundação, ficou marcado como o dia da inauguração da bandeira do clube, numa festa que teve a participação do Esporte Clube Colombo, de Porto Alegre, que venceu a partida amistosa pelo escore de 5 a 1.
        Outros jogos importantes para a época também foram disputados, especialmente aqueles contra equipes de expressão, como o Frishhauff  e Americano, ambos da capital, e o Sport Novo Hamburgo.
        Naqueles tempos eram os próprios jogadores que ffinanciavam seus fardamentos, passagens e demais despesas. O importante, para eles, era que o clube existisse, integrado completamente na vida da comunidade de Campo Bom, como um programa obrigatório para os dias de lazer.
        Grande equipes eram formadas, como a de 1935.
       
        No ano de 1917, juntamente com duas outras entidades, a Sociedade Alemã de Tiro e a Sociedade de Canto, participou   da fundação da Sociedade Concórdia, um clube social com vários departamentos sociais e esportivos.

        Em 12 de abril de 1943, a diretoria da Sociedade Concórdia resolveu extinguir o departamento de futebol. que tornou-se iindependente, até no nome : surgia o Esporte Clube Independente>, adotando as cores preta e branca. Esta decisão provocou muita polêmica, mas a verdade é que o futebol, desvinculado da Sociedade Concórdia, encontrou muito espaço para progredir.









        Após um grande movimento popular, o E. C. Independente recebeu seu nome de origem e voltaram a ser adotadas as cores originais do clube : amarelo, vermelho e verde. Isso aconteceu no dia 29 de setembro de 1949.
        De muitas competições o clube participava, principalmente aqueles organizados pela Liga Leopoldense de Futebol, que envolviam equipes localizadas no municipio de São Leopoldo, do qual Campo Bom era distrito.

        Mas os importantes títulos amadores começaram a ser conquistados nas competições a nível estadual promovidos pela Federação Gaúcha de Futebol. Em 1957, por exemplo, o "15" conquistou o seu primeiro e importante título : Campeão da Zona Sul do Estado.
        A partir de 1959, o certame amador foi dividido em cinco zonas ou séries no Estado, por iniciativa da FGF. Precariedade de nossas estradas, dificuldades de locomoção estavam entre as justificativas apresentadas. Cada série recebeu o nome de uma côr e o "15" passou a disputar pela série Branca.
        Em 1960, a primeira grande conquista a nível estadual. Depois de uma reformulação em seu departamento de futebol, o clube montou uma equipe vitoriosa : campeão estadual de amadores>, Série Branca, dando a largada para outras importantes conquistas.
        Ainda pela Série Branca, o "15" foi campeão estadual em 1961, 1963, 1964, e 1966.
        Em 1967 passou a disputar a Categoria Especial e chegou às finais, ficando com o vice-título.
        No ano seguinte, 1968, conquistou o Absoluto de Amadores, numa decisão contra o Pampeiro, em Soledade. Ainda pelo Absoluto de Amadores, o "15" foi campeão estadual em 1970, 1971, 1672, 1973,  1976, 1977, 1982, 1987 e 1990.
        Foram 15 títulos estaduais, que fizeram do "15" o maior vencedor do futebol amador do Rio Grande do Sul.

        Em 1988, participando do 1º Camperonato Sul-Brasileiro de Futebol Amador, como representante do Rio Grande do Sul, o "15" conquistou o inédito título, superando o União Capão Raso, do Paraná, para alegria dos seus torcedores e dos gaúchos.
        Em 1990, nesta mesma competição, o "15" ficou com o vice-campeonato.

        Antes disso, no ano de 1975, mais precisamente no dia 30 de abril, conforme consenso das lideranças comunitárias, o Esporte Clube 15 de Novembro e a Sociedade Concórdia promoveram uma fusão, passando a denominar-se Clube 15 de Novembro.   

       

       





 
       








        Hoje a entidade conta com os seguintes departamentos : social, futebol, piscina. tênis, tiro, bolão, arco e flecha, escoteirimo, fitatelia, handebol, sauna, ginástica e musculação, departamento jovem, relações públicas e departamento de divulgação.        
       
        Já nos anos 90 sentia-se que muitos clubes amadores pagavam seus jogadores, o que vinha dificultar a prática do amadorismo 100% puro do Clube 15 de Novembro. E diante dos insistentes pedidos da Federação Gaúcha de Futebol, a direção do clube resolveu profissionalizar o futebol e em 1994 disputou a segunda divisão do futebol gaúcho.
        Sagrou-se vice-campeão, com passagem para a Série B da primeira divisão.
        Em 1998 conquistou o segundo lugar na Copa Abílio dos Reis, o que lhe deu o direito de disputar a Série A da primeira divisão de profissionais, ao lado de Juventude, Grêmio, Internacional e outros clubes da elite do nosso futebol.
        No ano seguinte disputou outra vez a Série B e, com extraordinário brilho, voltou à Série A. Preparou-se cuidadosamente, ficou campeão da fase classificatória - Chave 2, e  conquistou o direito de participação no Octogonal final do Gauchão/2000, etapa disputada somente pelos grandes do futebol riograndense. Após brilhante campanha, o estreante "15" ficou em 5º lugar, atrás somente de Grêmio, Internacional, Caxias e Juventude.
        A primeira grande campanha aconteceu em 2002. Com um excelente plantel, o "15" chegou às finais do Gauchão, disputando o título conta o S.C. Internacional. Foi vice-campeão e este fato mobilizou ainda mais a direção do clube.
        Em >2003 não foi diferente. Mercê de uma campanha superior à de 2002, o "15" chegou mais uma vez ao vice-campeonato gaúcho, também diante do S. C. Internacional.
        Este vice possibilitou sua participação na Copa do Brasil de 2004. Sob o comando de Mano Menezes, hoje consagrado internacionalmente, o "15" fez história. Ficou em terceiro lugar na competição, atrás somente do Santo André e Flamengo, e ainda teve em Dauri um dos artilheiros da competição. Um dos momentos inesquecíveis foi, sem dúvida, a vitória diante do Vasco da Gama, em pleno Estádio São Januário, pelo escore de 3 a 0.
        Veio o ano de 2005 e com ele uma participação extraordinária no Gauchão daquele ano. Foi  melhor equipe do campeonato. Nos jogos finais, outra vez contra o Internacional, perdeu no Beira-Rio por 2 a 0 e venceu no Estádio Sady Arnildo Schmidt pelo mesmo placar. Muitos especialistas da área esportiva entendem que, com estes resultados, o "15" seria o campeão de direito do Gauchão/2005.
        Contudo, o regulamento estipulava uma prorrogação, vencida pelo Inter por 2 a 1, com um gol irregular e com o árbitro encerrando esta prorrogação a dois minutos do final, quando o "15" buscava e poderia conquistar o empate definitivo, e, por consequência, o título, merecido pela excelente campanha.
        Em 2006, mais uma participação na Copa do Brasil e a conquista da Copa Emidio Perondi, em dois jogos finais contra a UIbra, a quem derrotou por 3 a 1, em Canoas, e 3 a 0, no Sady Schmidt.
        Na Copa do Brasil, o "15" eliminou o Noroeste, de Bauru/SP, vencendo em casa por 4 a 1 e perdendo fora por 2 a 0. Na segunda fase, o "15" eliminou o Grêmio, a quem venceu em Campo Bom por 1 a 0. Perdeu pelo mesmo escore em Porto Alegre, e eliminou o clube da capital nas penalidades máximas por 6 a 5. Na sequência, foi eliminado pelo Volta Redonda, que venceu o primeiro jogo, no Rio de Janeiro, por 1 a 0. Em Campo Bom, vitória do "15" por 2 a 1. O gol qualificado beneficiou o Volta Redonda.
        2007 e 2008, dois anos dificeis para o "15". Uma forte crise econômica no setor coureiro-calçadista teve reflexos por demais negativos no município de Campo Bom, com algumas importantes empresas encerrando suas atividades. O clube sofreu muito com isso, não conseguindo manter-se na elite do nosso futebol. Pediu licença à Federação Gaúcha de Futebol.

        Hoje, quem chegar ao Estádio Sady Arnildo Schmidt, verá em plena execução um projeto que visa a formação de jogadores, com uma Escola orientando garotos de várias faixas etárias.
        Este projeto foi minuciosamente elaborado pelo vice de futebol Armin Rudy Blos e reflete a necessidade do clube em apostar nas categorias de base, programa que nunca deveria ter sido esquecido.
        O "15" recomeça com base sólida.

Curiosidades :
- O Esporte Clube 15 de Novembro, nas décadas 50/60, mantinha o Departamento de Punhobol, com participações em competições nacionais e internacionais. Em 1961, ano do cinquentenário do "15", realizou-se, em Campo Bom, o 1º Campeonato Sul-Americano de Punhobol, com a participação de vários países. Quem venceu foi a Argentina.

- Em três oportunidades, , a equipe de veteranos do "15" realizou partidas amistosas em solo europeu. Obteve excelentes resultados.
(Raul Blos)           

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Uma história que se confunde com a história da própria cidade